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Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 1999 Barbara Joel

© 2018 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

O doce sabor da vingança, n.º 339 - março 2018

Título original: Blackhawk’S Sweet Revenge

Publicado originalmente por Silhouette® Books.

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.

Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-9170-964-0

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Prólogo

Capítulo Um

Capítulo Dois

Capítulo Três

Capítulo Quatro

Capítulo Cinco

Capítulo Seis

Capítulo Sete

Capítulo Oito

Capítulo Nove

Capítulo Dez

Capítulo Onze

Capítulo Doze

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Prólogo

 

A lua dominava o céu.

Cheia e brilhante, cintilava através das nuvens ameaçadoras, enquanto uma brisa constante impregnava tudo com o seu aroma outonal.

Três rapazes moviam-se sigilosamente no meio da escuridão, avançando por entre rijos blocos de pedra, até alcançarem o extremo mais distante do cemitério de Wolf River. Ali não havia flores nem placas com inscrições; nenhuma lápide, nada… só terra, dura e fria.

Os rapazes rodearam a sepultura com ar sério.

Lucas Blackhawk foi o primeiro a falar. Tinha treze anos e era o mais velho dos três, com cinco meses de diferença.

– Tens o que é preciso, Santos?

Nick Santos, o mais novo, com menos dez meses, meteu a mão debaixo da camisola e tirou um martelo do cós das calças de ganga.

– Não pude tirar os pregos. O Catarro apareceu no corredor e ia-me apanhando na oficina.

O Catarro, como eles chamavam ao guarda nocturno do Reformatório de Menores de Wolf River, devia a alcunha à sua respiração asmática. Embora para ele fosse um incómodo, para os rapazes era uma bênção, pois avisava-os da sua aproximação.

– Ia-te apanhando? – estranhou Killian Shawnessy. Ian não sabia a data exacta do seu nascimento, mas o padre que o encontrara à porta da Igreja de São Mateus calculava que fosse em fins de Abril. – Não há ninguém tão rápido como tu, Nick – acrescentou, sorridente.

Qualquer pessoa diria que eram irmãos. Os três eram altos, magros e morenos. E os seus olhos castanhos brilhavam com a mesma intensidade selvagem que, mesmo em tenra idade, assustava os outros rapazes e fazia suspirar as raparigas.

O vento aumentou e levantou um remoinho de folhas secas em redor dos três rapazes.

Lucas acendeu uma lanterna e entregou-a a Ian. Em seguida, tirou uma cruz de madeira de uma mochila e deu-a a Nick.

– Tu espetas a cruz. Ian, tu iluminas a minha mochila com a lanterna. Sei que tenho um arame lá dentro.

Nick colocou a cruz no chão, enquanto Lucas tirava um rolo de arame e, depois, ambos olharam para Ian, que mostrou uma placa, também de madeira, que até então segurara debaixo do braço.

Lucas pegou nela e uniu-a à cruz com duas voltas de arame. Quando se pôs de pé, todos deram um passo atrás.

Thomas Blackhawk, amigo e pai querido.

Lucas olhou para o nome do pai e pestanejou para reprimir as lágrimas. Não chorara quando o senhor Hornsby, o director do reformatório, o informara de que o seu pai morrera numa rixa na cadeia, e não ia chorar agora. Thomas Blackhawk gostaria que o seu único filho fosse forte.

E Lucas precisava de ser forte porque, de alguma maneira, um dia teria de se vingar do que lhes tinham feito, a ele e ao pai. E o homem de quem se vingaria, o homem que roubara o rancho dos Blackhawk, era Mason Hadley, o habitante mais rico e poderoso de Wolf River.

– Estava a esquecer-me – disse Nick, metendo a mão no bolso das calças. – Trouxe uma vela. Tirei-a de um estojo de primeiros socorros no consultório.

Acenderam um fósforo e, com ele, a vela, já colocada diante da placa de madeira. Depois ficaram muito quietos, de pé, concentrados no crepitar do fogo.

Lucas estava sozinho no mundo. A sua mãe morrera há dois anos atrás e não tinha outros parentes… salvo Ian e Nick. Eles eram a sua família, agora. E ele, a família deles.

Tirou uma navalha do bolso, abriu-a com determinação e, sem dizer nada, estendeu a mão, com a palma virada para cima, e fez um corte superficial entre os nós dos dedos. Saiu sangue. Ian agarrou na navalha e fez o mesmo. Depois foi a vez de Nick.

Sem dizerem nada, os três jovens uniram as suas mãos sobre a chama da vela.

Uma rajada de vento despenteou-os e enroscou-se entre os seus pés… mas a chama não se apagou.

Olharam para o céu com os olhos bem abertos e não encontraram nada. Só a lua, cheia e brilhante, a iluminá-los do alto.

Nesse momento, os três souberam que, acontecesse o que acontecesse, estariam sempre juntos para se ajudarem.

Sempre.