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Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2003 Laura Wright

© 2019 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Paixão transbordante, n.º 589 - maio 2019

Título original: Ruling Passions

Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.

Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-1328-043-1

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

Sumário

 

Créditos

Prólogo

Capítulo Um

Capítulo Dois

Capítulo Três

Capítulo Quatro

Capítulo Cinco

Capítulo Seis

Capítulo Sete

Capítulo Oito

Capítulo Nove

Capítulo Dez

Capítulo Onze

Capítulo Doze

Epílogo

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Prólogo

 

 

 

 

 

Escócia

Maio

 

O mar tomou a forma da anca de uma mulher ao elevar-se numa onda, curvada e rosada à luz do entardecer, mas o Príncipe Alexander Williams Charles Octavos Thorne já não se relacionava com nenhuma mulher, real ou imaginária.

Os seus pulmões encheram-se do ar do mar, apoiou-se numa rocha e observou como a espuma marinha rebentava na praia e chegava até aos seus pés.

Não se moveu, apesar da água estar gelada.

Compreendia a necessidade infinita do mar de consumir, de apoderar-se das coisas, de fazer sofrer. Já há cinco longos anos que ele tinha esta opinião. Até hoje…

Três horas atrás ficara a saber que a sua mulher se fora embora, abandonara-o por outro homem.

A verdade era que sentia alívio.

Alívio e fúria era o que aquela mulher lhe fazia sentir, ela que o odiara desde o momento em que se tinham casado, uma mulher que se portara como um icebergue apesar dos esforços de Alexander em dar-lhe atenção, uma mulher que não desejara ter filhos, nem carinho, nem amizade.

Alexander despiu a camisa e deixou a brisa marinha examinar-lhe o peito.

Cumprira a sua palavra e casara-se com uma mulher que mal conhecia. Mesmo assim, fora-lhe leal até mesmo quando ela garantira ao seu pai e à corte que estavam a tentar conceber um filho, o que era mentira, e dera a entender que continuavam a viver juntos apesar de que isso não fosse verdade havia já dois anos.

No entanto, desde esse dia, a lealdade, a honra e o amor de Alexander passariam a ter um destinatário: Llandaron.

Alex tinha de pensar no seu país. Se a verdadeira situação caísse nas bocas do mundo, o coração dos seus súbditos poderia partir-se para sempre.

Tinha de fingir.

Tinha de actuar com cautela. Estava disposto a investir o dinheiro que fosse necessário para que aquele assunto não fosse conhecido.

Na semana seguinte, tinha uma cimeira com o imperador do Japão e não teria outro remédio senão pedir desculpa pela ausência da sua mulher. Aproveitando a estada no território nipónico, decidira que iria falar com um velho amigo no qual confiava plenamente e que era um advogado de Londres, especialista em divórcios.

Então, já poderia voltar a Llandaron e confessar ao seu pai que fracassara.

Alex cerrou os dentes até quase lhe doerem. Odiava o fracasso e odiava ainda mais ter de admiti-lo.

Prometeu-se a si mesmo que jamais deixaria uma mulher voltar a governá-lo.

A verdade era que, a partir daquele dia, as suas possibilidades de reinar tinham-se reduzido. Era dado assente que seria o novo rei mas, face à mudança da sua situação, poderia ser favorecido Maxim, o seu irmão mais novo, já que ele tinha esposa e herdeiro, algo primordial para o reino.

Alex sentiu uma dor tremenda no coração. Abriu a boca e deixou escapar cinco horríveis anos de dor. Os seus gritos ecoaram no mar, que gritava também. Isso fez com que Alex se calasse e olhasse em volta.

Quando viu um barco a balançar-se entre as ondas do mar, os seus pensamentos cessaram. Durante um instante, antes que o barco desaparecesse, viu uma mulher a jogar-se à água. Parecia uma das sereias com que sonhara durante toda a sua infância, uma mulher voluptuosa e ruiva.

Estava a olhar para ele, parecia estar mesmo a olhar directamente para ele e isso provocou uma sensação estranha em Alex, já que era impossível ver-lhe os olhos. O que de facto sentiu foi uma combinação de sensações que emanavam dela: ar, água e fogo.

Alex sentiu o seu membro viril a endurecer.

Nesse momento, uma onda impressionante rebentou a escassos milímetros dele e encharcou-lhe a cara, boca e olhos. Alex passou uma mão pelo rosto e voltou a olhar.

Tanto o barco como a sereia tinham desaparecido.

Um desejo visceral corria pelas suas veias, mas Alex afastou-o da sua cabeça. Não era a primeira vez que o sentia, até com esta mesma força, mas estava decidido a lutar contra ele de todas as maneiras.

Nenhuma mulher o governaria.

Alex cerrou os dentes e entrou na água gelada, decidido a recordar ao seu corpo quem era o amo.