desj659.jpg

6065.png

Editado por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

© 2004 Harlequin Books S.A

© 2015 Harlequin Ibérica, S.A.

O escândalo da Cinderela, n.º 659 - Abril 2015

Título original: The Cinderella Scandal

Publicado originalmente por Silhouette® Books.

Publicado em português em 2006

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

I.S.B.N.: 978-84-687-6929-5

Editor responsável: Luis Pugni

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

Sumário

Página de título

Créditos

Sumário

Crónica Social do Savannah Spectator

Capítulo Um

Capítulo Dois

Capítulo Três

Capítulo Quatro

Capítulo Cinco

Capítulo Seis

Capítulo Sete

Capítulo Oito

Capítulo Nove

Capítulo Dez

Se gostou deste livro…

Crónica Social do Savannah Spectator

Agora que certo patriarca milionário de Savannah anunciou a sua intenção de se apresentar como candidato ao Senado, o seu segundo filho poderia desaparecer da lista dos solteiros mais cobiçados da cidade. O charmoso magnata, que se dedica ao negócio do transporte de mercadorias, foi visto há não muito com uma delicada e curvilínea beleza no popular clube nocturno Steam, onde dançaram um slow tão juntos, que a temperatura do local subiu vários graus.

Mas, quem é essa misteriosa mulher? Os amantes dos contos de fadas estão felizes, porque esta parece a história de uma moderna Cinderela, uma plebeia, filha de um padeiro. Como se pode apreciar, os escândalos familiares não são exclusivos de ricos e famosos. Algo se passa na padaria, e talvez devêssemos pedir a um feiticeiro africano que consulte os ossos para saber se haverá casamento.

Falando em ossos…, a quem é que pertencem os encontrados nos terrenos da casa paterna onde cresceu este solteiro? O Savannah Spectator continuará a investigar.

Capítulo Um

No meio dos relâmpagos que iluminavam de forma intermitente o céu e do retumbar dos trovões, uma fria chuva de Janeiro caía sobre a campina de Savannah, e ao pé da ravina sobre a qual se erguia a mansão Crofthaven batiam, com fúria, as ondas. Não era certamente uma noite para sair de casa, mas quando Abraham Danforth convocava a sua família para uma reunião, todos acudiam sem falta.

A salvo da inclemência climatérica no seu BMW, Reid Danforth, o seu segundo filho, dirigia-se para lá nesse momento. Sentado ao volante com a suave música de Duke Ellington e o barulho dos limpa pára-brisas como acompanhamento, Reid pensava nos problemas do longo e cansativo dia que tivera. Tendo conseguido, depois de intermináveis discussões, chegar a um acordo com os advogados da Maximilian, uma empresa papeleira húngara, um dos clientes mais importantes de Danforth & Co., e que o representante do senhor Maximilian assinasse o novo contrato, agradecia poder relaxar-se naquele curto percurso de meia hora entre a sua casa e a do seu pai.

Um percurso que estava quase a concluir, pensou, enquanto parava o carro em frente das altas portas de ferro forjado preto. Deixando escapar um suspiro, alcançou o comando situado sobre o porta-luvas, accionou-o, e observou como a porta se abria lentamente. Um novo relâmpago iluminou a fachada da mansão de estilo georgiano ao final do caminho. Edificada na década de 1890 pelo seu tataravô, Hiram Danforth, a casa foi construída com sólidos materiais para sobreviver à passagem do tempo, e essa ideia de solidez, trasladada aos princípios e inculcada de geração em geração, era o que mantinha os Danforth unidos.

Reid estacionou o carro entre duas das três limusinas da família, desligou o motor e ficou sentado um instante ouvindo o barulho da chuva nos vidros e no tecto do carro. Naquela noite o seu pai esperava que toda a família Danforth apoiasse a sua decisão de se candidatar a senador. Assim seria sem dúvida, porque os Danforth são muito unidos.

Saiu do carro e correu até ao alpendre da entrada no meio da incessante chuva. Tocou à campainha e uma mulher velha abriu.

– Menino Reid! – exclamou, chegando-se para o lado para o deixar passar. – Já começava a ficar preocupada consigo. Mas está muito molhado! Dê cá o casaco.

O chão do hall era de mármore branco, e sobre uma mesinha ao pé da enorme escada havia um jarro de vidro com rosas vermelhas, cujo perfume inundava o ambiente.

– Estou bem, Joyce – tranquilizou a empregada, que trabalhava para a família desde antes do seu nascimento, há trinta e dois anos atrás. – Tinha de deixar uns assuntos do escritório tratados antes de vir, é tudo.

– Estão todos na sala azul. O Martin está a servir bebidas e aperitivos – disse-lhe enquanto o ajudava a despir o casaco. – O seu pai está a falar ao telefone no escritório, vou dizer-lhe que chegou.

– Obrigado.

Desfazendo o nó da gravata, Reid dirigiu-se à sala azul, parando no umbral da porta entreaberta. Dois dos seus irmãos, Ian e Adam, estavam em pé junto da lareira com o primo Jake, a falar sem dúvida das cafetarias D&D que tinham aberto em diferentes pontos do estado. Ao lado do bar, estava o irmão mais novo, Marcus, o advogado da família, que discutia juridicamente com o tio Harold e o primo Toby, sobre algo relativo aos direitos de abastecimento de água no rancho do segundo, em Wyoming.

Reid pensou na mãe, desejando que pudesse estar ali nesse momento para ver os seus cinco filhos transformados em adultos. Embora ele tivesse apenas oito anos quando ela morreu, recordava coisas como o que gostava de cozinhar para a família e dar festas. Quando novos, escondidos atrás do corrimão da escada, Ian e ele observaram dúzias de vezes os convidados vestidos com elegantes roupas, rindo, comendo, e dançando, e nunca se esqueceria da noite da festa do aniversário da mãe, quando a viu dançar uma valsa com o pai, olhando-se com tanto amor como uns recém-casados.

Tinha morrido na semana seguinte, e desde então o pai nunca mais foi o mesmo. Nenhum deles voltou a ser o mesmo.

– Reid! – exclamou a irmã Kimberly, interrompendo a conversa que estava a manter com a prima Imogene, e dirigindo-se a ele. – Voltaste a esquecer-te do guarda-chuva?

– Reid! Já achávamos que não vinhas – cumprimentou-o Jake, levantando a taça.

Reid devolveu o cumprimento com um gesto de mão e um sorriso.

– E a tia Miranda? – perguntou a Kimberly enquanto esta o beijava na cara.

– Foi deitar o Dylan – respondeu ela. O filho de Toby, com três anos, era o boneco da família. – Tens de ver o seu entusiasmo com o álbum dos peixes que fotografou e estudou na ilha nas últimas semanas. Não parou até convencer-me a deixá-lo levá-lo com ele para o ver em vez de que a avó lhe leia um conto antes de dormir.

– Se calhar, temos outro biólogo marinho na família – brincou Reid.

– Se o tivesses ouvido tocar piano mudavas de ideia – replicou Kimberly. – Estará no Carnegie Hall quando cumpra os dez anos.

– Se depender do dinheiro, será aos oito – interrompeu Imogene, aproximando-se deles e pondo um Martini na mão de Reid. – Olá, primo.

– Ah, a tia orgulhosa – disse Reid sorrindo e beijando-a na cara. – Como estão a correr os investimentos bancários?

– Não podiam ir melhor: as minhas acções não pararam de subir nos últimos três meses. Tens a gravata torta, querido – disse, apertando o nó que instantes antes ele tinha desapertado. – É preciso cuidar dos pequenos detalhes. As aparências são muito importantes. E falando em aparências… onde deixaste a Mitzi? Pensei que vinha contigo: fazem um casal tão encantador…

– Não faço ideia onde está – respondeu ele com aspereza. – Se calhar, às compras.

Não via a Mitzi Birmingham desde há quatro meses… graças a Deus. A verdade era que tinha estado muito ocupado a resolver todos os assuntos possíveis na Danforth & Co para poder tirar umas semanas e ajudar o pai a montar a sede de campanha, e durante esse tempo não saíra com ninguém. Claro que também não era algo de que tivesse saudades. No que se refere às mulheres, parecia um íman que atraía todas as caça-fortunas de Savannah. De forma geral, quando uma mulher sabia que era filho de Abraham Danforth, o presidente da companhia de transporte de mercadorias Danforth & Co., e que vivia num luxuoso sótão, começava a afagá-lo, ou a rir-se parvamente, ou a engatá-lo; ou, pior ainda, as três coisas ao mesmo tempo.

– Por fim chegaste, Reid.

O som da profunda voz do pai fez com que se virasse. Nicola Granville, a directora de campanha estava junto dele.

– Olá, pai. Que tal, Nicola? – cumprimentou-os.

– Olá, Reid. Prazer em ver-te novamente – respondeu ela.

Reid, que conhecera a loira alta na semana anterior, mas que falara ao telefone um par de vezes antes com ela, tinha a certeza que formaria uma magnífica equipa com o seu pai. Aos trinta e sete anos podia presumir de um considerável prestígio no mundo da política como assessora. E, além de atractiva, era muito segura de si própria e muito trabalhadora. O seu pai não podia ter contratado ninguém melhor.

Por outra parte, Reid tinha a certeza que o charme do seu pai proporcionar-lhe-ia um bom número de votos femininos. E é que, aos cinquenta e cinco anos, não tinha perdido o seu atractivo. O cabelo branco tinha invadido a sua cabeça castanha escura, mas os olhos azuis ganharam em profundidade, mantinha-se em boa forma física, e contava com uma arma infalível no seu arsenal: o famoso sorriso dos Danforth.

– Um momento de atenção, por favor – disse o pai. A família interrompeu as conversas e virou-se para ele. – Quero apresentar-vos a directora da minha campanha, Nicola Granville. Depois de jantar, com a ajuda dela, apresentaremos o esquema do que será a campanha, os eventos que organizaremos, e umas directrizes básicas de… «protocolo familiar» face aos media.

Enquanto Nicola cumprimentava os presentes, Reid aproximou-se do primo Jake.

– Onde está o Wes?

– Numa viagem de negócios – respondeu Jake. – Foi o que disse; conheces o Wes – acrescentou arqueando uma sobrancelha e sorrindo com malícia.

Reid sorriu também. Wesley Brooks fora colega de quarto de Jake na universidade, mas para os Danforth era quase da família. Apesar da sua reputação de Dom Juan, Reid sabia que não teria faltado àquela reunião se não lhe fosse impossível ir.

Jake apanhou um canapé da bandeja que Martin, o empregado, passeava pela sala.

– Ouvi dizer que encontraste um prédio em Drayton para alugar como centro de operações da campanha.

– Apenas o rés-do-chão – respondeu Reid, sorvendo o copo de Martini. – Combinei amanhã com Ivan Alexander, o proprietário, para vê-lo interiormente e dar-me a chave. Também é dono do prédio contíguo, onde tem um negócio, a Padaria Castelo.

– Ah, sim – disse Jake, concordando com a cabeça, – ouvi falar desse lugar. Tem fama de excelente confeitaria. De facto, estava a pensar ir lá um dia para o comprovar. Poderiam ser fornecedores dos nossos cafés. Além disso, acho que as três filhas do patrão também são bastante apetitosas – acrescentou inclinando-se para ele e arqueando uma sobrancelha.

– Acho-te muito interessado – disse Reid sorrindo divertido. – Se quiseres podes ocupar-te tu de negociar o arrendamento com o senhor Alexander e montar o escritório para a campanha.

– E privar-te de toda a diversão? – respondeu Jake, colocando a mão no ombro do primo. – Como te poderia fazer algo assim?

Antes que Reid pudesse responder, entrou Joyce para anunciar que o jantar estava pronto, e enquanto todos saíam e se dirigiam pelo amplo hall até à sala de jantar, o pai uniu-se a eles e a conversa deu uma volta para as estratégias e objectivos da campanha. A um ano das eleições, pensou Reid, aqueles meses seriam uma loucura.

Tina Alexander adorava os dias em que tudo corria bem: os dias em que nem queimava o pão, nem uma bandeja inteira de croissants; os dias em que a sua irmã Sophia não tinha uma crise porque algum homem lhe tinha partido o coração e cumpria o seu turno da tarde; os dias em que a sua outra irmã, Rachel, não ficava no escritório da loja, a esconder-se no computador e nos livros de contas.

Mas, sobretudo, adorava os raros dias em que a sua mãe, Mariska, não se intrometia na sua vida e na das suas irmãs. Aquele, no entanto, não era um desses dias.

– Ontem à noite, a Sophia voltou a ir a uma dessas salas de festas – sussurrava nesse momento, enquanto preparava um pedido telefónico de três dúzias de madalenas de chocolate. – E só regressou às duas da manhã. Às duas!

O cabelo comprido loiro encaracolado, que usava sempre, o nariz recto, e a firme mandíbula, delatavam a sua origem europeia, e davam-lhe um ar distinto.

– E telefonou para casa? Não, certamente não – continuou a sussurrar.

Tina suspirou, com os olhos semicerrados, e ajustou o fecho da caixa de plástico que acabava de encher de madalenas. A manhã estava a ser cansativa e, além da sua mãe, estavam Jason, o empregado da caixa, e ela para se encarregar de tudo. Com clientes que atender, encomendas que preparar, e montras que repor, o último que necessitava era ouvir a sua mãe queixar-se do comportamento da filha mais velha.

– Mãe, esqueceste-te do anúncio que publicámos no jornal a pedir um ajudante? – disse-lhe, apontando com a cabeça para dois jovens sentados numa mesinha num canto da padaria. O do cabelo preto e calças de ganga gastas parecia aborrecido, enquanto o da camisa de manga curta e calças pretas estava a ler um livro. – Pensas entrevistá-los?

Como se não a tivesse ouvido, Mariska apontou para a cara.

– Vês os meus olhos? Estas olheiras são por ter ficado acordada à espera da tua irmã.

Tina suspirou e entregou a caixa de madalenas à cliente que estava a atender.

– A Sophia tem vinte e oito anos, mãe – disse-lhe, pacientemente. – Não tens de esperá-la.

A mãe virou-se para a cliente.

– Como posso dormir quando a minha filha está fora a essas horas da noite? – perguntou-lhe exasperada, à procura do seu apoio.

– É verdade – assentiu a mulher, enquanto rebuscava no seu porta-moedas para lhe dar o dinheiro certo. – Com oito ou vinte e oito anos, uma mãe não pode evitar preocupar-se com os filhos. Mais de uma noite passei à espera da minha Eleanor até que chegasse a casa. Graças a Deus que casou. Mostrei-lhes as fotos dos meus três netos?

«Apenas meia dúzia de vezes», quase disse Tina, mas mordeu a língua. Limitou-se a sorrir enquanto a mulher tirava um álbum de fotografias da carteira.

– Ah, que inveja… – suspirou Mariska. – Eu, a este passo, acho que nunca serei avó. A Sophia passa de um namorado para outro como quem muda de camisa, e nenhum deles dura mais de um mês; A Rachel só estuda e é tímida; e a minha Tina… – acrescentou, dando-lhe um beliscão na cara, – …não é mais do que uma menina.

«Pelo amor de Deus, tenho vinte e quatro anos!», pensou Tina, apertando os dentes. Por ser a menor das três, a sua mãe continuava a tratá-la como uma criança, e nunca mudaria. Claro que, também não suporia muita diferença que mudasse de atitude. Estava convencida que nunca receberia uma proposta de casamento porque nenhum homem quereria fazer parte da sua família.

Não era que não os amasse. Amava as irmãs, os pais, e a tia Yana com toda a alma, mas às vezes pensava que a sua vida seria mais simples com uma família um pouco mais… normal. O seu pai parecia um mafioso. O olhar de Ivan Alexander afugentava qualquer homem que se aproximasse das suas irmãs ou dela e, os que não conseguia assustar, a sua mãe fazia-lhes um interminável interrogatório sobre a sua situação laboral, família…, e finalmente a pergunta que os fazia fugir: «gosta de crianças?».

Tina atendeu o cliente seguinte enquanto a mãe deixava de exclamar coisas como «oh, que engraçado!», e «criatura linda!» a cada foto que lhe mostrava a cliente anterior.

Quando finalmente a mulher se foi embora, Mariska despiu o avental e apanhou a mala.

– Amanhã há um pequeno-almoço na Câmara de Comércio e pediram-nos catorze dúzias de bolos suíços e dez de pastéis de nata – disse à filha enquanto vestia o casaco. – Vou rapidamente ao mercado comprar nozes e mirtilos.

Tina lançou um olhar aos dois jovens sentados na mesa do canto.

– Supõe-se que tens de entrevistar os candidatos…

– Eu sei, eu sei, mas tenho muita pressa. Fá-lo tu, sim? – disse, dando-lhe uma palmada na cara.

– Mas…

– Oh, e amanhã tens de vir cedo, querida – acrescentou Mariska. – Temos montes de encomendas, e eu e o pai e precisamos da tua ajuda. Até já!

E com um gesto de despedida desapareceu pela porta que conduzia à saída traseira.

Tina suspirou. Bom, também não tinha motivo nenhum para não poder madrugar no dia seguinte. O seu «plano» para aquela noite era cuidar do apartamento da sua tia Yana, que estaria fora da cidade nas três semanas seguintes, e a sua única companhia o gato às riscas da tia e uma cópia de um filme romântico de Meg Ryan e Tom Hanks.

– Lamento chegar tarde, Ti – desculpou-se Sophia, entrando nesse momento na loja como um sopro. – Tive de parar para pôr gasolina e parti uma unha ao desenroscar a tampa do depósito; imagina, tive de ir à manicura.

Bastou olhar para Sophia, vestida com uma saia de pele preta, um pulóver de malha com decote em bico, e botas altas, para que os dois aspirantes se erguessem nos assentos. A filha maior de Ivan Alexander, que no dia anterior tinha feito madeixas platina no cabeleireiro para dar uma imagem mais moderna ao seu cabelo loiro, sorriu-lhes, e o estômago dos dois jovens encolheu-se.

Tina olhou para a irmã com a testa franzida enquanto ela rodeava a montra.

– Tens de torturar cada homem que vês?

– Sou eu quem vive numa tortura constante… – replicou Sophia com um sorriso malicioso. – Tantos homens e tão pouco tempo…